Peregrinação 2013 – Grupo das Peregrinas e Peregrinos do Nordeste -GPPN

Peregrinação 2013 – Grupo das Peregrinas e Peregrinos do Nordeste -GPPN

O Grupo das Peregrinas e Peregrinos do Nordeste -GPPN em parceria com o Conselho Indigenista Missionário – CIMI, o Instituto Humanitas – IHU Unicap e a Diocese de Floresta/PE, realizaram, de 8 a 15 de julho de 2023, a Peregrinação nas terras do Povo Indígena Pankararu/PE. A iniciativa é uma afirmação de apoio ao Povo Indígena Pankararu na sua luta pelos direitos e fazer celebrações, debates e rodas de conversas refletindo e despertando contra o Projeto de Lei 490 – Marco Temporal.

A peregrinação nas aldeias do Povo Pankararu expressa união com muitos segmentos da sociedade, unindo forças para que prevaleça a esperança, confiante de que cada Pankararu será respeitado em sua dignidade de filho e filha de Deus. “Não levem nada pelo caminho. Nem bastão, nem sacola, nem pão, nem dinheiro, nem tenham duas túnicas. Quando entrarem numa casa, fiquem aí até partirem do lugar” (Lc 9, 1-6).  

Objetivo geral da Peregrinação:

Apoiar a luta dos povos indígenas Pankararu e conscientizar as pessoas encontradas para engajarem-se na esperançosa luta pela conquista e garantia de seus direitos.

Conviver e conhecer o Povo Pankararu para perceber seus valores, sabedoria, conhecimentos e formas de ver a realidade.

Assumir um compromisso concreto com suas lutas, em defesa de suas identidades étnicas e nesse momento fazer valer a demarcação de suas terras como garante a Constituição Brasileira quando diz que “suas organizações sociais, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam”. (Const. Brasil, art., 231).

O Grupo de Peregrinas e Peregrinos do Nordeste (GPPN) se constitui em um grupo de pessoas que procuram seguir as pegadas de Jesus de Nazaré. Interpeladas pelo Evangelho do envio dos discípulos (Lc 9, 1-6), procuram viver a recomendação de Jesus quando diz: “Não levem nada pelo caminho.

Nem bastão, nem sacola, nem pão, nem dinheiro, nem tenham duas túnicas. Quando entrarem numa casa, fiquem aí até partirem do lugar”.

Por isso, o GPPN assume efetivamente a mística do caminho que é andar sempre a pé, não utilizam e nem recebem dinheiro e não carregam comida. Toda sua manutenção, durante o período da peregrinação, resulta da partilha que as comunidades fazem.

Alimentam-se do que lhes é ofertado, partilhando com a comunidade. Suscitam, assim, a comunhão nos lugares por onde passam.

Durante o dia no interno do grupo observam dois momentos de oração. O primeiro corresponde no canto dos salmos e meditação da Palavra.

No final do dia se faz o recolhimento de tudo que foi vivido discernindo os sinais da estrada para unir corpo e mente num único passo. A peregrinação seguiu conforme mapeamento já construído nas aldeias.

A dinâmica da peregrinação teve o seguinte formato: 1. A caminhada a pé, na medida do possível, sempre pela manhã; 2. Na parte da tarde, visitas para escutar e conhecer a realidade local seguidas de Rodas de Conversas nas Aldeias; 3. Na parte da noite , momentos celebrativos e cultural a partir da realidade indígena. Cada comunidade/aldeia indicou um local para as peregrinas e peregrinos ficarem para partilhar o pão e passarem a noite. A peregrinação nas aldeias do Povo Pankararu expressa união com muitos segmentos da sociedade, unindo forças para que prevaleça a esperança, confiante de que cada Pankararu será respeitado em sua dignidade de filho e filha de Deus.  

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