Quando o Natal se faz Canção

Quando o Natal se faz Canção

A segunda maior festa do cristianismo é o Natal. Para muitos pode parecer estranho, pois o tamanho das comemorações do Natal, parece ser maior que a Páscoa, essa sim, a maior festa cristã.

Talvez o fato de, paralelamente à celebração do nascimento de Cristo, a celebração, digamos assim, profana, do Papai Noel, dá ao Natal essa dimensão de grandiosidade que, entretanto, ultrapassando a dimensão da fé, tornou-se uma comemoração comercial.

Mas, ao contrário do Papai Noel, que não vem para todo mundo, o menino Jesus veio para todos e todas. E mesmo que não prometa trazer presentes em trenó mágico, nos chama à construção de um mundo justo, onde exista vida em abundância, para toda a humanidade.

E é essa a celebração dos cristãos e cristãs: a celebração da vida, em toda a sua plenitude.

E foi para celebrar a vida do Deus que se fez humano, caminhou entre nós e se fez comunhão, para permanecer entre nós, que a igreja das Fronteiras abriu suas portas, no último sábado, 24 de dezembro. Uma celebração em comunidade, formada por aqueles e aquelas que, inspirados pelo exemplo de vida e ensinamentos de Dom Helder, arregaçam as mangas e participam da construção de um mundo melhor, tendo por base o amor, uns pelos outros e, acima tudo, o amor aos preferidos de Deus, os despossuídos da terra, os invisíveis e excluídos da sociedade.

A celebração teve início com uma Cantata de Natal, com a apresentação do tenor Igor Alves.

Igor iniciou a sua apresentação com a Ave Maria de Gounod, seguida por Allelujah (Pai eu Quero Te Amar), Natal Branco e encerrando com Natal Todo Dia. Sertanejo, da cidade de Triunfo, o jovem Igor é um talentoso tenor que orgulha o estado de Pernambuco.

E, em seguida, a cantora Cylene Araújo fez a sua apresentação, acompanhada dos músicos Jorge Ricardo, Chales e Givanildo. Iniciou cantando Jesus Cristo, seguida de Sino de Belém, finalizando com a canção de sua autoria, Flores ALém-Mar.

Cylene Araújo, cantora de Forró e ritmos pernambucanos, leva a cultura de nossa terra para a Europa, difundindo a nossa riqueza musical além-Mar.

À Cantata seguiu-se a Celebração Eucarística do Natal, com a entrada do Menino Jesus, negro, representando a população brasileira que, assim como o Cristo em sua época, é marginalizada até os dias de hoje.

Com as Fronteiras lotada por amigos e amigas, companheiros e companheiras de caminhada, famílias, enfim, por irmãos e irmãs, o pão da vida foi partilhado, enquanto Ramos, Heloísa e Isaura, nos encantavam com a sua música, espalhando luz e alegria para todos os presentes.

Que essa celebração de um Natal vivo, presente, acolhedor e amável, seja o prenúncio de um novo ano iluminado pela esperança, do verbo esperançar, como dizia o mestre Paulo Freire. Que 2023 seja o início de uma nova era de amor, fraternidade e partilha.

Importante registrar aqui o agradecimento a algumas pessoas que contribuíram diretamente para que a Cantata e a celebração acontecessem e tudo desse certo:

Igor Alves, Cylene Araújo, Jorge Ricardo, Charles, Givanildo Vitória Click, Sérgio Menezes, Irmã Vanda, Ramos, Heloísa, Isaura, Val Lucena, Maurílio Rocha, Gustavo Aguiar, Wictor, Severino Pessoa e Fundarpe.

Leve ao presépio ouro para ajudar os pobres. Mas não chegue só com dinheiro — chegue com oração sincera como incenso cheiroso, e aceite e ofereça sofrimento de vida como os Magos ofereceram mirra!” Dom Helder Camara

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