Dr. Cyro de Andrade Lima

Dr. Cyro de Andrade Lima

Nascido em 8 de janeiro de 1910, Gastroenterologista e professor da UFPE, Cyro de Andrade Lima partiu para a Casa do Pai no dia 24 de julho de 2022.

Dr. Cyro foi um dos médicos que cuidou de Dom Helder, ao lado de Tinha mais dois médicos que , acompanhavam o Dom, ao lado de Dr. Ovídio Montenegro, Dr. Ricardo Lima Dr. Anacleto Carvalho. Dependendo da necessidade, chamava-se o da especialidade.

No dia da partida do Dom para a Casa do Paí, Dr. Cyro, sem o saber, fez a derradeira visita ao amigo, a quem visitava com frquência e tinha um carinho e cuidados especiais.

E um desses cuidados foi convidar o colega angiologista Profº Edvaldo Telles, para acompanhá-lo em uma de suas visitas ao Dom.

Os formandos do curso de medicina de 1981 da UFPE*, associaram-se às comemorações de 50 anos da ordenação sacerdotal de Dom Helder Camara, elegendo-o patrono da turma, e a escolha não poderia ter sido melhor. Nesta oportunidade o Profº Edvaldo Telles em seu discurso, narrou a visita que fez ao Dom, a convite de Dr. Cyro:

“Convidado pelo meu colega e amigo Cyro de Andrade Lima, um dia encontrei-me no interior de uma sala pequenina, no fundo de uma igreja, situada na Rua das Fronteiras junto à escola de enfermagem Nossa Senhora das Graças. Lá eu vi Dom Helder sentado escrevendo. Rápido, levantou-se e nos saudou com seu sorriso franco (depois dos 50 anos cada um têm o rosto que merece). Dissertou sobre vários assuntos e falou de sua doença, em seguida foi para o quarto para se preparar para o exame médico. Aproveitei a ocasião e dirigi-me à irmã que o acompanhava para tomar mais alguns dados da sua história, principalmente seus hábitos alimentares, ao mencioná-los considerei-os insuficientes em proteínas e disse para irmã providenciar alimentos mais substanciais – “como doutor se todo dinheiro que pega dá aos pobres. Imagine o senhor que hoje um maltrapilho bateu a sua porta e pediu-lhe uma esmola, não dispunha de dinheiro, deu uma de suas calças. O pior é que só tinha duas, nesta ocasião ouviu-se uma voz no interior do quarto” – o pobre homem não tinha nenhuma”.

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