Atualidades – Encontro Helderiano
60 Anos da Chegada e arcebispado de Dom Helder na Arquidiocese de Olinda e Recife
O dia 7 de maio foi um dia muito especial, pois foi dia de Encontro Helderiano e que, como o nome já diz, foi um momento de muitos encontros e reencontros.
A igrejinha das Fronteiras ficou lotada de uma gente que, como diz a poesia cantada de Milton Nascimento, ri quando deve chorar, que teima em sobreviver em meio às injustiças, que algumas vezes vive, em outras, apenas aguenta. Mas que, acima de tudo, não perde a esperança porque sabe que irá chegar um novo dia, uma nova terra, um novo céu , um novo mar, como canta a canção que o Dom tanto gostava.
A lista de representações foi grande: Grupo Mulher Maravilha, Cáritas Arquidiocesana, a Turma do Flau, Renovação Cristã do Brasil, Fundarpe, Cebi, Fórum interreligioso Gente de Fé, Movimento de Cursilho da AOR, Cendhec, Comissão de Justiça e Paz, Unicap, Os frades franciscanos frei Aloísio Fragoso e frei Fernandes, o monge Marcelo Barros, os padres jesuítas Delmar e Mota, Pe. José Augusto, que já foi capelão das Fronteiras, Irmã Aurieta e Irmã Graça, irmã Cosma, das queridas vizinhas Filhas da Caridade, os fundadores da Obras de Frei Francisco Teresa Duere, Christina Ribeiro, Laura Pessoa, Malu e Ricardo Alessio e vários associados e associadas, conselheiros e conselheiras, que se fôssemos nominar aqui, com certeza cometeríamos injustiça em não lembrar de todas as presenças, de todos os admiradores e discípulos do Dom que ali estavam, em um encontro em torno de 150 pessoas. Todos e todas foram super bem-vindos e bem-vindas, com muita alegria no coração.
Vale salientar uma presença muito especial: Diego Camara, um primo em segundo grau de Dom Helder, que mora no Amazonas e que estava visitando o Memorial, justamente para conhecer onde viveu o parente sobre o qual sua mãe sempre lhe falou.
A abertura do Encontro foi feita por irmã Vanda, presidente do Conselho Curador, que fez um resumo de como Dom Helder chegou a ser o arcebispo de Olinda e Recife e falou da enorme alegria de receber todos naquele Encontro Helderiano. Em seguida convidou o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Paulo, para falar um pouco sobre Dom Helder para os presentes.
Dom Paulo Jackson, fez o que o Pe. Fabio chamou de “exegese” da mensagem de Dom Helder Camara, no dia de sua chegada ao Recife, em 11 de abril de 1964, em plena pracinha do Diário. Foi um momento emocionante e de muitas lembranças, para quem viveu aquele momento. As palavras de Dom Helder, 60 anos depois, ainda ecoam em nossos ouvidos, com uma atualidade impressionante, com a força que só a profecia consegue ter.
Animando a noite tivemos o grupo Vozes da Resistência que cantou três músicas que o Dom gostava muito: Irá chegar um novo dia, Eu acredito que o mundo será melhor e Sou Feliz Senhor porque Tu vais comigo, que irmã Vanda conta que ele gostava de andar cantarolando ela.
A Casa de Frei Francisco foi representada por Paulo Luiz que leu um poema escrito por Dom Helder no Rio de Janeiro na madrugada de 18 para 19 de fevereiro de 1982: GOSTASTE OU NÃO DA ESCOLHA.
A associada, cantora e compositora Cylene Araújo leu um texto contando como foi a mudança de um dia para o outro de Dom Helder, que foi dormir certo que seria arcebispo no Maranhão e quando acordou sobe que viria para a Arquidiocese de Olinda e Recife. Que sorte a nossa!
O Pe. Fabio Potiguar dos Santos prestou a sua homenagem ao Dom, recitando um trecho do salmo 122, “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor. Os nossos pés estão dentro das tuas portas, ó Jerusalém”, seguido de outro trecho belíssimo do salamo 45: “Transborda um poema do meu coração: Vou cantar-vos, ó rei, esta minha canção. Sois tão belo, o mais belo entre os filhos dos homens!” E, em seguida, dedicando a Dom Paulo Jackson, um sertanejo como ele, recitou um dos poemas de seu livro “Com as Maõs do Coração 2”: “Estava tudo tão seco…”
Para encerrar a noite fomos brindados com uma surpresa, quando Leo Damasceno cantou uma composição sua e, antes, contou a história de como se inspirou para compor a canção.
A diretora executiva do IDHeC, Virginia Pimentel encerrou a noite, agradecendo a presença de todos, sentindo-se muito feliz com a presença de pessoas tão queridas nesse Encontro Helderiano e convidou Christina Ribeiro para encerrar a noite com ela. Christina foi pegar Dom Helder no aeroporto, na sua chegada e Lucinha Moreira veio com o Dom do Rio de janeiro. Christina e Lucinha são fundadoras do IDHeC e, atualmente, diretoras consultivas.
E o Encontro terminou com Heloísa cantando Um Dia de Graça, levando animação aos presentes, que cantaram e dançaram a esperança de que o mal será cortado na raiz e a porta ficará sempre aberta aos irmãos de qualquer cor, de qualquer raça. Vivamos esse sonho e trabalhemos para que ele se torne realidade.
A jornalista Luciana Falcão, da PASCOM da AOR, fez uma excelente matéria sobre o evento. Para conferir, é só assistir ao vídeo. Vale a pena.
A Tv Globo entrou no ar, ao vivo, no NE 2, dando uma visão geral do que estava acontecendo no Encontro Helderiano, de 7 de maio último. Quando o repórter Danilo César entrou no ar, o arcebispo de Olinda e Recife estava fazendo a sua fala. Representando oIDHeC, foi entrevistado o diretor cultural, Prof. Manoel Moraes. Ele falou da importância da comemoração da chegada do Dom ao Recife, uma data que foi um marco para a história da Arquidiocese de Olinda e Recife.
Nossos agradecimento a Vitória Click que fez toda a cobertura de imagens, registrando, com carinho, esse momento histórico.