Memória Viva: Quando as Ruas São a Única Opção
“Mas o ideal, também, é que, ao recordar o nascimento de Cristo nossos olhos se abram para o Cristo vivo e presente, que está sendo esquecido, desprezado, oprimido… Mas o ideal, ainda, é que todos trabalhemos para que todo chefe de família ganhe o suficiente para que ele mesmo prepare o Natal de sua casa, com lembrança carinhosa para a esposa, para os filhos…” Dom Helder Camara – 12.12.2023
Dom Helder tinha um compromisso inadiável em sua missão: a promoção da vida. Seu sonho era que cada filho, cada filha de Deus, tivesse uma vida digna, com direito à moradia, alimentação, saúde, educação, trabalho e lazer.
Ele não se conformava quando via uma criança com fome, nas ruas, abandonada como se fosse descartável.
Para Dom Helder todas as vidas eram preciosas, não importava cor, raça, religião ou classe social.
E, para cristão, para cada seguidor de Jesus Cristo, o cuidado com o próximo, tem que ser objetivo de vida.
Como não sofrer ao andar pelas ruas de nossa cidade e ver famílias e mais famílias morando nas ruas. Morando? Não, falar assim não está correto. Sobrevivendo nas ruas seria o termo correto para expressar o sofrimento de não ter um teto, de não ter uma pedra para recostar a cabeça.
Por isso precisamos conhecer e apoiar a Pastoral do Povo de Rua, onde pessoas, voluntariamente, dedicam seu tempo para se fazer presente junto a população em situação de rua, animando, apoiando, celebrando e ajudando a recuperar a sua dignidade, a erguer a cabeça, recuperando a sua autoestima, constituindo-se como comunidade, como força social, que luta pelo direito à alimentação, moradia, saúde, integridade física, Tanto na área do trabalho nas oficinas de costura e de artesanatos, quanto na geração de renda quando vendem os artefatos por eles /elas produzidos nas feirinhas livres da cidade, como na área da organização social.
Não é simplesmente um serviço social, é algo profundamente espiritual, porque sentimos o Deus nos pobres e excluídos. É a presença da Igreja junto à população em situação de rua e aos catadores e catadoras de material reciclável.
Sua missão não é simplesmente dar o peixe, mas ensinar a pescar para que as pessoas lutem por sua autonomia financeira e, dessa forma, possam sair das ruas.
O material produzido nas oficinas de costura e artesanato estão à venda na sede da Pastoral do Povo de Rua, na rua da Conceição, 39, na Boa Vista, às terças e quintas à tarde e, no primeiro domingo do mês, na igreja das Fronteiras, no horário da missa, 11h da manhã e, no segundo domingo do mês, na Matriz das Graças das 8h às 11h da manhã.
Você pode colaborar comprando os produtos produzidos pelo pessoal. E também conseguindo outras igrejas onde a Pastoral possa levar os produtos para expor e vender, nos finais de semana.
No próximo domingo, 1º de outubro, dê uma chegadinha na igreja das Fronteiras, assista à missa na igrejinha de Dom Helder e aproveite para fazer compras no bazar da pastoral e ajudar aos irmãos e irmãs tão queridos por Dom Helder.
Vamos lá?
Um comentário sobre “Memória Viva: Quando as Ruas São a Única Opção”
parabéns muito feliz pela iniciativa sou muito grata a pastoral povo da rua e tudo que aprendi e aprendo todos os dias