Memória Viva – Quando a Vida se Faz Dom

Memória Viva – Quando a Vida se Faz Dom

Em nossa Memória Viva de hoje vamos fazer de um jeito diferente. Em lugar de postarmos um depoimento, vamos postar o lançamento do livro Quando a Vida se Faz Dom, uma memória viva resgatada e registrada em livro por Eduardo Hoornaert.

O lançamento, em Recife, aconteceu no dia 10 de abril, a partir das 10h da manhã, no Espaço Dom José Lamartine, conhecido também como Terraço das Fronteiras.

Começamos com a acolhida, feita pelo diretor-executivo do IDheC – Instituto Dom Helder Camara, Antonio Carlos Aguiar.

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Como o autor não poderia estar presente ao lançamento em Recife, foi gravada uma conversa entre ele e o diretor cultural do IDHeC, Manoel Moraes, exibida no telão.

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A Casa de Frei Francisco se fez presente, através de quatro adolescentes atendidos pela Casa, Ana Carolina Barbosa

 Ana Beatriz Barbosa,  Debora Gomes e  Felipi Monteiro da Silva, que apresentaram os seis pequenos poemas de Dom Helder ou, melhor dizendo, meditações do Pe José e que colocamos logo após o vídeo.

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Poemas lidos no lançamento

01 – SONHEI QUE O PAPA ENLOQUECIA

Sonhei que o papa enlouquecia

Ele mesmo ateava fogo

Ao Vaticano

e à Basílica de São Pedro.

Loucura sagrada,

porque Deus atiçava o fogo

que os bombeiros, em vão,

tentavam extinguir.

O papa, louco,

saía pelas ruas de Roma,

dizendo adeus aos embaixadores

credenciados junto a Ele,

jogando a tiara no Tibre,

espalhando pelos pobres

o dinheiro todo do Banco do Vaticano.

Que vergonha para os cristãos!

Para que um papa viva o Evangelho,

temos de imaginá-lo

e superar a morte!

 (Carta Circular, 8-9/7/1970, V, I, p. 284).

O2 – Deus põe música

Na alma de todos

E é traição ao Criador

Não a despertar

Dentro de nós.

(Carta Circular 2-3/3/1964, I, I, p. 386).

03 – “Os sonhos vêm vindo tranquilos” . Em março de 1964, ainda vivendo no Rio de Janeiro, Dom Helder escreveu:

Os sonhos têm vindo

Tão tranquilos e puros

Tão simples e belos

Que devo agradecer, meu Deus,

O trabalho de amor

Que tua graça realiza

Para além da consciência,

No mundo mais misterioso

Que nos escapa,

A Ti é tão fácil

Atingir (Carta Circular 10-11/3/1964, I. I, pp. 416-417).

04 – Quando Te chamo

 Descubro, feliz,

Que o meu brado

É eco de Tua voz

Pranto de pura felicidade

 Porque existes

E és quem és. (Carta Conciliar 3-4/3/1964, I, I, p. 390).

05 – Já que estás em mim

No mais íntimo de mim mesmo,

Obriga-me a ser

Como me entreviste

Em teus planos divinos

Ao arrancar-me do nada

Podes rir,

 Podes gargalhar

Nem imaginas

Quem, dentro de mim,

Ultrapassa os limites, Rompe as barreiras,

Atinge as dimensões de Deus (Carta Circular 7-8/3/1964, I, I, pp. 412-413).

06 – Franqueza demais?

Não pares

Em meu rosto de pecador

Em minha voz de pecador.

Descobre o rosto Escuta a voz

Do Filho muito amado

 (Carta Circular 5/8/1966, III, II, p. 117).

O evento foi encerrado por José Elikson Medeiros, representante da Paulus, iniciando a venda do livro recém-lançado.

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GALERIA DE FOTOS DO LANÇAMENTO

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