UM OLHAR SOBRE A CIDADE: O PAI ADOTIVO

 

 

Quinta-feira, 20.12.1979

Meus queridos amigos

 

Estamos cada vez mais próximos do Natal. Vamos olhar, de perto, uma das figuras mais importantes e dignas de admiração e amor, que encontramos no presépio: São José. O Pai Celeste escolheu José para representá-lo junto a seu Filho divino. Ele foi pai de criação de Cristo e esposo e protetor de Nossa Senhora.

A princípio, ele nem sabia do mistério que se passava com Nossa Senhora. Não tinha a audácia de julgá-la, mas não sabia o que se passava com ela. Quando estava no auge da angústia, veio um anjo, em sonho, explicar-lhe o mistério imenso que se passava com Nossa Senhora, escolhida nada mais, nada menos, do que para ser Mãe de Deus.

É difícil alguém ser mais provado na fé do que o pai de criação de Cristo. Ele já sabia, pelo aviso do anjo, quem era a criança que ia nascer de Nossa Senhora. E ele e a Mãe de Deus saem procurando um canto onde a Criança possa nascer e só encontram uma estrebaria!

É verdade que chegaram pastores, acordados pelos anjos e chegaram Reis Magos conduzidos por uma estrela. Que provação para a fé, ver o Filho de Deus ter que fugir, de madrugada, para o Egito, para não ser morto pelos soldados de Herodes!

Quando voltaram para Nazaré, se era um encanto morar com Nossa Senhora e o Menino Deus, foi provocação das grandes, saber que aquela Criança viera ao mundo para salvar os homens. E o tempo corria, a criança virou jovem, o jovem homem e nada de começar sua missão. São José morreu sem ter o gosto de ver o Cristo partir para suas pregações e seus milagres…

Quanta lição para nós! Nossa fé, também, é provadíssima! Quando comungamos, nossa fé nos diz que não é um pedaço de pão que recebemos, é o próprio Cristo… Mas tudo lembra pão, como tudo lembra vinho, embora nossa fé nos diga que é a presença viva do nosso Salvador.

Nossa fé nos diz que assim como Cristo ressuscitou, nós também haveremos de ressuscitar. Nossa fé nos ensina a perguntar a morte onde está a vitória dela. Ela não conseguiu ferir nossa alma e o próprio corpo, que entregamos a terra, um dia ressuscitará. Mas as aparências todas são a vitória plena da morte…

Bem entendida, bem vivida, a devoção a São José pode ser preciosa para nós. Na noite de Natal, no presépio, olhando para Nossa Senhora e para o Menino Deus, não deixemos de ter um olhar de admiração e carinho para a grande humildade de Sao José.

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