QUANDO A CELEBRAÇÃO É SEMPRE FESTA

“Todo dia, quando celebro a missa e, pela força do Espírito Santo, em lugar de pão e vinho, tenho o corpo e o sangue de Cristo em minhas mãos, tenho vontade de sair dançando com a hóstia e o cálice na mão… Sair dançando! Quem quiser me achar louco que ache. Louco da loucura divina. É o Filho que se faz Homem e na Eucaristia toma o lugar do vinho e do pão”! Dom Helder Camara

Para quem a celebração eucarística era sempre uma festa e era uma alegria tão grande que dava vontade de sair cantando e dançando, festejar os 111 anos de seu nascimento não poderia ser de outra maneira do que com alegria e celebração.

Depois da Folia no Sarau, da sexta-feira 07 de fevereiro, animada pelos adolescentes da Casa de Frei Francisco apresentando quatro poemas de Dom Helder, pela cantoras Cylene Araújo, o bloco lírico Artesões de Pernambuco e a orquestra de pau e corda Evocações, com o maestro Barbosa, as comemorações do nascimento de nosso profeta não poderia ser encerrada de outra maneira que não fosse com a celebração eucarística.

Presidida pelo capelão das Fronteiras, o Pe. Fábio Santos, mais conhecido como Pe. Fábio Potiguar, com a participação do diácono Viana e do Pe. Ademir, recém chegado ao Recife, a celebração teve a participação de amigos, admiradores, seguidores de Dom Helder, que lotaram a igreja das Fronteiras, para agradecer a Deus pela vida do Dom.


Se para Dom Helder celebrar era uma imensa alegria, para os que ali estavam presentes, celebrar a sua vida é uma alegria que não tem medida. Afinal teria alguma medida para agradecer pela vida de um profeta.

Em sua homilia o Pe. Fábio fez questão de destacar a profecia do Dom, enquanto, ao mesmo tempo, fez um chamamento para todos e todas ali presentes, diante do exemplo dado pelo Servo de Deus.


No momento das orações da assembleia, frases de Dom Helder foram lidas, pelo diretor executivo do IDheC, Antônio Carlos Aguiar, em forma de oração, pedindo paz, amor e justiça.



Ao final da celebração, antes da bênção, a cantora Cylene Araújo foi convidada a cantar uma música para homenagear Dom Helder. À capela ela cantou Se Ouvires a voz do vento, música que cantava quando, ainda criança, cantava no coral, nas celebrações de Dom Helder.


Celebrar a vida de Dom Helder é celebrar sua opção de vida, sempre em defesa dos oprimidos, dos humilhados, dos desprovidos da sociedade que, no entanto, são os preferidos de Deus.


Dom Helder foi a voz dos pobres e miseráveis, dos torturados e desaparecidos, dos humilhados e dos injustiçados.

Ao celebrarmos os 111 anos de seu nascimento, precisamos refletir sobre o legado que ele nos deixou, os desafios e, acima de tudo, o lembrete de que o Cristo está sempre entre nós, seja no bêbado caído na rua ou na criança abandonada.

Que os ensinamentos e o exemplo de vida de Dom Helder Camara acompanhem sempre a cada um, a cada uma de nós, nos alertando e conclamando a sermos, também nós, a voz dos que não têm vez.

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