“Quem acompanha o fenômeno das diversas fases da lua: lua cheia, lua minguante, lua crescente, lua nova — descobrirá, sem dúvida, que nós também vivemos nossas fases, como a lua.
Temos nossos dias de lua crescente, de lua minguante. Temos nossos dias de lua nova e de lua cheia. Temos até nossas noites sem lua”. Dom Helder Camara
Mas não faltou lua nesse dia 7 de fevereiro. Uma luz cheia, de brilho e de luz, iluminando o pátio da igreja das Fronteiras, animando os foliões que ali estavam para prestar sua homenagem e comemorar os 111 anos de nascimento de uma pessoa para quem o “segredo de permanecer sempre jovem é ter uma causa a qual dedicar a vida”. Diz-se que existe uma diferença entre ser idoso e ser velho e, entre outras coisas, essa diferença estaria na capacidade de continuar sonhando, na alegria de viver, na preservação da jovialidade, em estar sempre aberto a prender, fazer planos para o futuro e achar que a vida se renova a cada dia. Assim era Dom Helder, alguém que tinha mil razões para viver, que achava o deserto fértil e para quem as sementes que queria espalhar pela terra eram de paz, compreensão, amor, largueza de visão e coração e de esperança. Um jovem que nunca ficou velho.
O diretor-executivo do IDHeC, Antônio Carlos Aguiar abriu a noite falando sobre a invasão sofrida por seu Centro de Documentação, os prejuízos causados e as providências tomadas, como a remoção do acervo de Dom Helder para a Universidade Católica onde, além de estar acondicionado dentro dos critérios necessários à sua preservação, conta também com o carinho com que o reitor da Unicap, Pe. Pedro Rubens e todos os pró-reitores receberam o acervo. Falou ainda sobre a Campanha que est[a sendo feita para arrecadação de recursos para a recuperação das instalações do Centro de Documentação e sobre o projeto de construção de um novo local, no pequeno terreno ao lado, que ofereça as condições adequadas para a preservação e segurança do acervo de Dom Helder.
O Sarau propriamente dito teve início com a recitação de quatro poemas de Dom Helder pelos adolescentes da Casa de Frei Francisco, falando sobre sonhar, perdoar, acolher e sobre a opressão.
Após a poesia a música tomou conta do Sarau com a animação e a alegria da cantora e compositora Cylene Araújo, que comandou a folia, levando os presentes a cantar e a dançar, enquanto conduzia todo mundo para o pátio, onde a folia correu solta.
No pátio já estava o bloco lírico Artesãos de Pernambuco, que se juntou a Cylene , dançando e cantando com os presentes.
Foi uma verdadeira folia no Sarau de Dom Helder, com Cylene e sua banda cantando as músicas que todos gostam como Evocação e Madeira do Rosarinho.
Após a apresentação de Cylene Araújo, foi a vez da orquestra de pau e corda Evocações, conduzida pelo maestro Barbosa animar a noite, acompanhando o bloco Artesãos de Pernambuco.
E, lá no alto, a lua acompanhava tudo, deixando a noite do Recife ainda mais bonita.
O IDHeC agradece a todos e a todas apoiaram o evento, seja na divulgação através da imprensa ou das pessoas que divulgaram em suas mídias pessoais, seja na realização do evento propriamente dito, como a EMLURB e a FUNDARPE, os Meninos da Casa de Frei Francisco e os artistas que deram um brilho especial à nossa noite.
Um agradecimento especial a cantora Cylene Araújo que sempre prestigia nossos eventos, divulga em seu programa de rádio e em suas mídias sociais e a Vitória Clic que presenteou o IDHeC com a cobertura fotográfica do evento.
O ano apenas começou. Em breve vamos nos encontrar em um novo sarau.
O ano apenas começou. Em breve vamos nos encontrar em um novo sarau.
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