Nesse domingo, 02 de fevereiro, festa da Apresentação de Jesus no templo, a Igreja das Fronteiras recebeu o grupo de peregrinos e peregrinas que saíram a pé de Juazeiro do Norte e caminharam a pé até Recife, percorrendo mais de 600 km e no meio do caminho encontrando comunidades e pessoas, especialmente pobres e carentes.
A peregrinação se encerrou na Igreja de Dom Helder com uma celebração ecumênica presidida pelos próprios peregrinos junto com um bispo anglicano (Dom Sebastião Soares), um pastor batista (Rev. Paulo César) e um padre católico, Marcelo Barros, além de mais de 50 pessoas que vieram para acolher o grupo da peregrinação e ser por ele abençoadas.
A partilha da palavra revelou que a situação social e econômica do Nordeste piorou muito de outras peregrinações para essa e que, apesar disso, a abertura dos pobres em acolher e partilhar é sempre sinal do amor divino.
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Um dia depois, nessa segunda-feira às 17 horas, se reuniram com amigos/as e companheiros/as ligados ao grupo para partilhar o que viveram no caminho e trocar experiências. Ali cada um dos participantes na caminhada falou brevemente como se sentiu e todos contaram algum fato ou encontro que os marcou.
O que mais se sobressaiu foi que para todos a peregrinação é um mistério que não se consegue descrever racionalmente. Vários falaram que ainda não tinham conseguido deglutir ou assimilar tudo o que tinham vivido. Além disso, para os que estavam ali no encontro ficou claro que o grupo sempre contou com apoio e solidariedade de pessoas pobres e de quem encontravam na estrada, mas fora algumas exceções, o templo, a instituição eclesiástica (as paróquias) foram fechadas e sem qualquer sentido de acolhida e solidariedade humana.
Por todo esse mês, os peregrinos caminharam uma média de 25 km por dia, o que é muito exigente. Sem dinheiro, sem comida e sem estrutura de apoio. Viveram nesses dias, cada fato que ocorria, ligando-o ao evangelho de Jesus, principalmente à parábola do samaritano (Lc 10, 17 ss).
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Um comentário sobre “PEREGRINAÇÃO NA IGREJA DO DOM”
Entristece o fato de não terem recebido apoio nas paróquias pelas quais passaram. Felizmente, aqueles que menos têm, acolheram os peregrinos, partilhando o pouco que tinham.