QUE VENHAM A MIM AS CRIANÇAS

“Que anjo bom inspirou o menino? O garoto passou entre os homens graves — homens ocupadíssimos da cidade ocupadíssima — correndo atrás da roda que ele impelia, feliz, com um gancho de arame… ‘Ninguém foi insensível ao sopro forte de poesia que fez todo mundo se sentir criança…’” Dom Helder Camara

Dom Helder tinha carinho por todos os irmãos e irmãs, fossem homens, mulheres, adultos ou idosos, mas em relação aos jovens e as crianças ele tinha um carinho especial, pela compreensão que tinha que o mundo estava naquelas indecisas e curiosas mãos que desabrochavam em busca de luz e esperança.

Sob a inspiração de Dom Helder, no dia 1º de novembro o IDHeC teve a alegria de receber a visita de 25 pequenos alunos e alunas, entre 8 e 10 anos, do 3º ano do ensino fundamental da escola Cônego Fernando Passos, da cidade de Limoeiro, estado de Pernambuco. As crianças foram acompanhadas foram acompanhadas por 20 adultos.


A visita fez parte de um projeto que a turma está desenvolvendo chamado O DOM DA PAZ, que será apresentado de 26 a 28 de novembro aos demais alunos da escola. A apresentação será aberta para outras escolas e cidades vizinhas a Limoeiro.

O projeto integra a  22ª AACC – Amostra de Artes e Ciências do Cônego e, esse ano, tem como tema EDUCAR PARA A PAZ.

Para Sônia Maria Cavalcanti, Gestora Pedagógica, não teria sentido abordar o tema da PAZ sem mencionar Dom Helder Camara que, segundo ela “durante toda sua vida defendeu os mais empobrecidos enfocando essa Cultura de Paz”.

As crianças, que estavam ansiosas por conhecer o lugar onde Dom Helder viveu, aproveitaram cada momento da visita à Casa Museu, à igreja das Fronteiras e à Exposição Permanente.


Ao final da visita prestaram uma homenagem ao Dom cantando uma música composta especialmente para ele e, ao dizerem a frase “Não vou deixar morrer a semente que plantou o Dom da Paz”, de uma certa forma, assumem o compromisso de semearem, daqui pra frente, o seu legado.




Se ainda estivesse entre nós, fisicamente, o Dom teria recebido pessoalmente as crianças e de braços abertos, tentaria abraçar todas de uma só vez e lhes diria o que escreveu certa vez: Se eu pudesse dava um globo terrestre a cada criança. Se possível até um globo luminoso, na esperança de alargar, ao máximo, a visão infantil e de ir despertando interesse e amor por todos os povos, todas as raças, todas as religiões”.

E quem sabe finalizaria dizendo, um de seus escritos em uma carta Pós Conciliar:“Enquanto isto, como Cavalinho Azul, sairei pelas estrelas, procurando o Menino e convidando todos os seres que forem o equivalente de Crianças a entrar na Cirandinha…”
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