A FAMÍLIA MECEJANENSE ESTÁ DE LUTO

Nessa segunda-feira, 13 de maio, a família mecejanense  e Igreja Católica ficaram de luto. Partiu para a Casa do Pai um de seus queridos membros, Marina Bandeira, uma grande figura humana, grande amiga e extraordinária mulher.

O atual presidente do CEHILA, Mauro Passos afirmou que Marina Bandeira foi uma expoente da Igreja Católica.

Foi uma das fundadoras da CBJP (Comissão Brasileira de Justiça e Paz), da qual foi secretária-geral-adjunta ao lado do Prof. Cândido Mendes de Almeida e do CEHILA (Comissão de Estudos de História da Igreja e do Cristianismo na América Latina). Foi também assistente da CNBB, tendo participado de vários embates entre Igreja e governo militar durante a ditadura.

“Sua história de vida está intrinsecamente ligada à luta pela democracia brasileira. A sociedade brasileira perde uma pessoa lúcida, comprometida com os valores democráticos e os destinos brasileiros por liberdade, justiça, direitos humanos e sociais. Como cristã  trabalhou por uma Igreja Povo de Deus.

Deixa um legado rico de humanidade, fé e esperança. Expressamos nossos sentimentos aos familiares e aos grupos que trabalharam ao seu lado. Que ela descanse em paz. Como cristãos, afirmamos com o escritor José Calderón Salazar: ‘Não estamos ameaçados de morte. Estamos ameaçados de vida, de esperança, de amor…ameaçados de ressurreição’\”, disse Mauro Passos sobre Marina.

Em nota oficial a Arquidiocese de São Paulo diz: “Mulher de grande força interior, comprometida com a justiça, esteve presente em iniciativas da Igreja do Brasil, como o Movimento e Educação de Base (MEB), como fundadora e secretaria geral; e na Associação Internacional para a Rádio e Televisão, como coordenadora da América Latina. Também esteve à frente do Banco da Providência, criado por Dom Helder Camara.
Com muitas ligações internacionais, era à amiga Marina a quem o Dom recorria muitas vezes em busca de opiniões e conselhos.

Era também a revisora dos textos que o Dom escrevia em inglês.

Era uma pessoa muito querida que circulava entre os bispos com a maior naturalidade, com seu inseparável cigarro.

Escreveu vários livros entre eles  “Igreja Católica” e  “Vigília e Testemunho”, onde fala sobre os tempos terríveis da ditadura militar e de sua experiência como secretária geral da Comissão Nacional de Justiça e Paz da CNBB.

Todos os que fazem o IDHeC -Instituto Dom Helder Camara prestam aqui a sua homenagem a essa mulher incrível que ajudou a escrever a história da Igreja Católica no Brasil.

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