Um grupo da diocese de Caxias do Sul, RS, passava em Recife no dia 10 de fevereiro. O desejo principal dos três padres jovens que cuidam da formação do clero e mais onze seminaristas, era conhecer o local em que o arcebispo Dom Helder Camara viveu e onde ele faleceu e saber mais alguma coisa da vida dele.
Para isso, o padre Leonardo Dall\’osto, coordenador do grupo, entrou em contato com Marcelo Barros e lhe pediu que aceitasse dar ao grupo um testemunho sobre Dom Helder Camara.
Marcelo Barros aceitou o convite e, às 15 horas da segunda-feira 11 de fevereiro, o grupo todo se encontrou no Espaço Dom José Lamartine – conhecido como terraço das Fronteiras, para iniciar a sua visita ao Memorial Dom Helder Camara.
Depois de visitar a igreja das Fronteiras e a Casa Museu, onde o Dom vive por 31 anos, desde a assinatura do pacto das Catacumbas até a sua partida, o grupo voltou ao terraço e, sentados em círculo, tiveram uma conversa uma conversa com Marcelo, muito rica em testemunho de vida e diálogo.
Sobre Dom Helder o que mais parece tê-los tocado foi o fato dele, já nos anos 60, propor o modelo de Igreja que agora o papa Francisco insiste: uma Igreja em saída, em diálogo com o mundo e a serviço de todos, cristãos ou não.
Outro ponto lembrado foi a amizade que nos anos 60 e 70, ligou Dom Helder e Dom Benedito Zorzi, bispo de Caxias do Sul, bispo missionário que abriu a diocese à missão, enviando padres, religiosos/as e leigos/as a várias áreas da Amazônia, do Centro-oeste e do Nordeste do Brasil, sempre com a orientação de se inserirem nos serviços ao povo pobre e nas pastorais sociais.
Nesse sentido a visita à Casa Museu e a à Igreja de Dom Helder levou todo o grupo ao desejo de se comprometer em atualizar hoje essa sensibilidade missionária e de serviço ao povo de Deus, especialmente aos mais pobres.