Queridos irmãos e irmãs em Cristo
Nova Hamburgo, 2/3.9.88
Terra, irmã terra,
Tu nos ensina a continuar a criação,
Ajudando as sementes
A multiplicar-se,
Preparando alimento
Para os homens
E os animais …
Tu nos ensinas
A causar a alegria
Que não te cansas de oferecer,
Quando viajantes cansados,
Te descobrem
Como sinal próximo da chegada
Tu nos ensinas
A criar o horizonte,
Imagem belíssima
Da grandeza
Da Criação!…
Tu nos ensinas
A aceitar a mediação
De quem nos quer unir a irmãos
Quando aceitas
O papel de água
Que une terra à terra
Por maiores que sejam
As distâncias…
Como te sentes nos desertos!?…
Com que visão contemplas
O Homem,
Que sendo capaz
De transformar
Desertos em terra fértil,
Está preferindo ser
Terrível criador
De desertos!?…
Como te alegras
com a chuva que te fecunda
e como te afliges
com as cheias que te alagam
destruindo plantações
casas,
e vidas
de plantas, de animais, de homens!…
Que lição imensa nos dás
Terra, mais que irmã,
Mãe-Terra!…
Nós te pisamos sem dó
A Vida inteira
E tu,
Sem mágoa,
Sem recalques,
Quando a vida nos foge
Abres teu seio materno
Para guardar
Nossa carne,
Nossas cinzas,
Para a alegria da Ressurreição!…
Essas meditações nasceram em Minesota (USA). Somente agora tive tempo de recria-las…
Salvo engano ficaram mais claras.
Será que vale, no meio das Circulares, enviar, de vez em quando, meditações, que talvez nem mereçam vida mais duradoura?
Acontece que o querido Pe. França me pediu que eu não as rasgasse…
Aqui vai a experiência…