Quarta-feira, 20.9.1978
Meus queridos amigos Quem me acompanhará na prece de hoje? Senhor, tem pena, tem compaixão, das pessoas lógicas demais, práticas demais, realistas demais, que se irritam com quem crê no Cavalinho Azul!
Deve ser horrível não ter imaginação criadora! Deve ser uma tristeza não ser capaz de sonhar! Está chegando o Cavalinho Azul! Todos podemos montar nele à vontade. Ele é de todos e de cada um. Ele torna levinho, levinho, quem tem confiança de passear com ele.
Aonde vamos hoje, Cavalinho Azul? Não temos sugestões. Ninguém imagina passeios mais bonitos do que você! E o Cavalinho Azul nos faz percorrer os cimos das montanhas… Não há perigo, não há tonteira, porque se sente segurança plena. É lindo, lindo, lindo contemplar o mundo do alto das montanhas.
A distância não existe para o Cavalinho Azul. Em um mesmo passeio ele dá uma rodada nos Andes, nos Alpes e no Himalaia. Quando a Terra já parecia tão bela, o Cavalinho Azul nos arrebata às nuvens, para vermos de perto uma querida amiga: a Estrela da Manhã.
Como ficou em todos nós o desejo de visitar a lua depois que os astronautas nos deixaram água na boca, o Cavalinho Azul entrou, de repente, de lua adentro. E nos deixou saltar e brincar, às gargalhadas, de levitação.
Quando andávamos por aquelas alturas tive a confiança de dizer: Cavalinho Azul! Não tenho segredos para você. Você sabe que hoje faz anos uma das nossas amigas mais queridas. Que presentes podemos levar para ela? Ele deu uma risada! Eu nem notara que ele tivera a delicadeza de trazer na garupa a aniversariante querida. Cantamos parabéns para ela, levitando na lua.
Mas o Cavalinho Azul não deixa pedido cair no vácuo. Logo me soprou: “Quando Rosa faz anos, quem merece presente é a Roseira”. E levou-nos à casa da senhora mãe de Rosa aniversariante. Chegamos na hora exata em que a Roseira abria a janela. O Cavalinho Azul foi quem a saudou em nome de todos nós: “Louvado seja o Criador das Roseiras e bendita, entre todas as plantas, a Mãe das Rosas!