Foto: Iraneide Vitória |
No dia 27 de abril comemoramos, no Brasil, o Dia do Sacerdote. A data foi criada para homenagear àqueles que estão comprometidos com valores e princípios de sua doutrina religiosa.i
E esse 27 de abril de 2018 teve um motivo a mais, muito especial aliás, para ser comemorado na Arquidiocese de Olinda e Recife: o jubileu de ouro sacerdotal do padre José Augusto Rodrigues Esteves, o Pe. Zé Augusto, como todos o chamam carinhosamente.
Nascido em 03 de abril de 1934, o padre Zé Augusto foi ordenado no dia 27 de abril de 1968 por Dom Helder, então arcebispo de Olinda e Recife, na concatedral de São Pedro dos Clérigos, tradicional igreja do bairro de São José, no Recife. Ter sido ordenado por Dom Helder, diga-se de passagem, é um santo orgulho que ele tem. Afinal ser ordenado por um profeta é mesmo motivo de muito alegria e um orgulho \”do bem\”, como se diz da linguagem de hoje.
Após sua ordenação ele esteve na igreja do Rosário dos Pretos no atelier de artes sacras, com D. Gerard e serviu na paróquia de Casa Amarela. Tomou posse da Paróquia São José como vigário ecônomo em 03 de janeiro 1971.
É também o Capelão da Igreja das Fronteiras, procurador da Irmandade Bom Jesus dos Marírios-São José e Reitor do Oratório Particular Celestial Confraria da Santíssima Trindade.
Durante o arcebispado de Dom Helder, além de suas atividades como pároco, participou ativamente das atividades da Arquidiocese, da qual foi cerimoniário. Foi e continua sendo um grande admirador e seguidor dos ensinamentos do Dom.
E como não podia ser de outra maneira, durante a celebração Dom Helder foi lembrado diversas vezes pelo Pe. José Augusto.
“Naqueles tempos difíceis da Ditadura, de opressão e de violência, aprendi com dom Helder e com outros sacerdotes que a Igreja no Brasil dispunha de uma arma muito especial: a juventude católica. E hoje, vejo os mesmos jovens de ontem, aqui presentes neste momento de celebração para mim, já de cabelos grisalhos e trazendo as suas famílias\”, disse em uma de suas falas, referindo-se aos jovens paroquianos que acompanhavam dom Helder e aos paroquianos da matriz de São José, que ao longo de sua formação católica, receberam os Sacramentos como Batismo, Primeira Eucaristia, Matrimônio, Crisma, como também orientação espiritual e aconselhamentos diversos através dele.
Querido e admirado não apenas por seus paroquianos e pela Comunidade das Fronteiras, mas também por muitos membros do clero da Arquidiocese, o Pe. José Augusto é uma referência, inclusive para os padres mais jovens, que muito têm aprendido com o seu exemplo de vida e sua pregações em retiros.
E foi no mesmo local onde foi ordenado sacerdeote que o Pe. José Augusto voltou para celebrar o seu jubileu de ouro de ordenação. A concatedral de São Pedro dos Clérigos se iluminou com a presença dos amigos, familiares, membros da paróquia de São José, Comunidade das Fronteiras e do clero da Arquidiocese. O IDHeC foi representado por seus diretores Antônio o Carlos Aguiar e sua esposa Clarinda, Lucinha Moreira e Christina Ribeiro.
Impossibilitado de participar da celebração o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, foi representado pelo monsenhor Luciano Brito, vigário-geral da Arquidiocese que leu uma mensagem de felicitações enviada pelo arcebispo.
Presidida pelo próprio Pe. José Augusto a missa em ação de graças foi concelebrada por Dom Jorge, bispo emérito de Nazaré e por membros do clero arquidiocesano, entre eles o Frei Aloísio Fragoso, o Mons. Luciano Brito e padre Marcelo Marques Santana Júnior, da paróquia do Rosário, em Tejipió, que fez a homilia, onde disse que “O padre Zé Augusto sempre nos deixava empolgados com o seu testemunho de vida presbiteral e foi marcante um retiro que ele pregou aos seminaristas, antes de eu ser ordenado padre”.
Toda celebração eucarística fica mais viva e mais bonita com a introdução de cantos, que animam e inspiram os participantes. A animação no dia 27 ficou por conta dos músicos do Instituto Dom da Paz.
Ao final da celebração o Pe. Zé Augusto entregou aos presentes um cartão em comemoração aos seus 50 anos de sacerdócio com os seguintes dizeres de Dom Helder: “Tudo é graça. Não; não pares. É graça divina começar bem. Graça maior persistir na caminhada certa. Manter o ritmo…é não desistir. Podendo ou não podendo, caindo embora aos pedaços, chegar até o fim\”.
No consistório foi servido um coquetel, com um bolo para os presentes cantarem parabéns para o grande homenageado da noite.
Nossos parabéns ao nosso querido capelão por esses 50 anos de vida sacerdotal, guiando suas ovelhas como um verdadeiro pastor, na sua paróquia e em nossa Comunidade das Fronteiras.
O Dom com certeza está feliz por seu discípulo.