Durante os 31 anos em que morou no “palácio episcopal” atrás do altar mor da igrejinha das Fronteiras, Dom Helder nunca deixou de atender, pessoalmente, a quem batesse á sua porta.
Podia estar recebendo em sua pequena sala um cardeal, um político ilustre, um artista famoso, um membro do clero, amigos ou participantes das pastorais e serviços da Arquidiocese. Ele pedia licença e ia abrir a porta, sem mais demora. Quase sempre eram os seus amigos de uma outra área, os seus pobres, que sabiam que ele sempre os atenderia e receberia de braços abertos.
E o IDHeC – Instituto Dom Helder Camara, como guardião que é do legado deixado pelo Dom, procura seguir os seus passos, abrindo as portas do Memorial para os visitantes, sejam de bem perto, sejam de longe.
E foi assim que, nesse sábado 21 de outubro, o Memorial Dom Helder Camara abriu, excepcionalmente, suas portas para receber uma comitiva muito especial, que veio lá da Paraíba, de João Pessoa e sua Região Metropolitana: os integrante do CEHCAE – Centro Helder Camara de Animação Espiritual.
O CEHCAE é um espaço de oração e reflexão inspirado na vasta obra espiritual de Dom Helder Camara. Sua missão é promover a espiritualidade, à luz do mistério da encarnação, fiel à opção pelos pobres, a partir das intuições místico-pastorais de Dom Helder Camara, assumindo em Jesus Cristo, com a força do Espírito Santo, a causa do Evangelho para a construção de uma sociedade justa e fraterna a caminho do Reino de Deus.
Composto por uma média de 30 pessoas surgiu sob a inspiração do Pe. Josenildo Francisco de Lima, falecido em setembro de 2015. Composto por animadores e líderes comunitários, da Região Metropolitana de João Pessoa, se reúne a cada terceiro domingo do mês, para estudar a espiritualidade helderiana, com lieturas orantes e reflexões de textos e ainda usando o Ofício Divino das Comunidades como base para os momentos de oração.
Coordenado por Flávio Lima e por Sr.Armando, o grupo de 27 pessoas do CEHCAE foi recebido pelos diretores Christina, Edelomar e Normândia, pela conselheira Elizabeth e pelos funcionários do IDHeC Gersino, Lucy, Maria e Vanuzia. Para os integrantes do Centro conhecer o espaço onde Dom Helder viveu foi a realização de um sonho.
A visita começou com um lanche no Espaço Dom Lamartine.
Em seguido foram para a igrejinha das Fronteiras onde foram acolhidos por Normândia e por Elizabeth. A historiadora Lucy fez um histórico do Memorial, falando um pouco sobre seus componentes: o Espaço Dom Lamartine, a igreja das Fronteiras, a Casa Museu e a Exposição Permanente.
Foi um visita que, com toda certeza, não será esquecida nem pelos visitantes nem por quem os recebeu em nome de Dom Helder.
Abrir as portas do Memorial para os que admiram Dom Helder e levam adianta o seu legado será sempre uma grande alegria para todos os que fazem o IDHeC.