ARQUIDIOCESE DE OLINDA E RECIFE HOMENAGEIA O DOM DA VIDA

No último domingo, 27 de agosto, Arquidiocese de Olinda e Recife prestou homenagem a  Dom Helder Camara na passagem dos 18 anos de sua páscoa.


Na catedral da Sé, em Olinda, foi celebrada uma missa, presidida pelo arcebispo Dom Fernando Saburido e concelebrada por Mons. Albérico Bezerra vigário episcopal de Olinda e cura da Catedral da Sé, frei Jociel Gomes, postulador da causa de beatificação e canonização de Dom Helder, o monge beneditino Marcelo Barros, que foi secretário e assessor de Dom Helder para assuntos ecumênicos. A celebração contou ainda com a participação dos diáconos Sérgio e Sílvio.


Na entrada da missa foram levados três banners com frases de Dom Helder que foram, em seguida, pendurados nas colunas da igreja.

A homilia foi feita pelo monge Marcelo Barros que falou sobre o papel dos cristãos no mundo de hoje, cuja conduta deve ser baseada no Evangelho e respondendo ao chamado do papa Francisco que conclama a todos e todas a serem “uma igreja em saída”, que caminha junta e que busca a vida em abundância para todo o povo de Deus. Participaram da celebração representantes de vários grupos, pastorais e instituições da AOR como o Encontro de Irmãos, a pastoral familiar, o Encontro da Partilha, Fé e Política Dom Helder Camara, Movimento de Trabalhadores Cristãos, Tenda da Fé e Fórum Articulação de Leigos Cristãos.


Antônio Carlos, diretor-executivo do IDHeC – Instituto Dom Helder Camara – lembrou que dom Helder era um “ativista da esperança, levando para os múltiplos lados da vida a indignação – de não aceitar as coisas como lhe eram impostas – e a coragem – para agir e mudá-las”. Em seguida convidou a todos os presentes e aos ouvintes da rádio Olinda e Club Fm para participarem de dois atos que acontecerão em nossa arquidiocese na próxima semana. O primeiro é em atendimento á  CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil que em nota, fala sobre “o momento triste, marcado por injustiças e violência” pelo qual passa o Brasil nesse momento e sugere o jejum e a oração para a  construção da justiça e da paz no Brasil. E, atendendo a esse apelo um grupo de leigos está organizando um momento de jejum e oração no dia 06 de setembro, das 15h ás 19h na pracinha do Diário.


O segundo evento acontecerá  no dia 07 de setembro: o Grito dos Excluídos, surgido a partir da Romaria dos Trabalhadores à Aparecida, conduzida pelo então bispo de Jales – São Paulo, Dom Luiz  Demétrio Valentini. O Grito nasceu nas pastorais sociais da CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e se espalhou pelos movimentos socais e populares por todo o Brasil. Em 1999 rompeu fronteiras e estendeu-se para as Américas.

Em nossa Arquidiocese o Grito é organizado pelo Fórum Dom Helder Camara. Para esse ano o lema é “Vida em primeiro lugar”! E o tema: “Por direitos e democracia, a luta é todo dia”. A concentração será na praça do Derby, a partir das 09h da manhã, de onde sairá em caminhada pela avenida Conde da Boa Vista.

Para encerrar a missa todos  se dirigiram ao túmulo de Dom Helder que fica entre os túmulos de Pe. Henrique e Dom Lamartine, onde também foi rezada a oração pela causa da beatificação de Dom Helder.



O monge Marcelo Barros complementou sua fala na homilia dizendo  que a imagem que o mundo faz de Jesus depende de cada um de nós. Dirigindo-se aos presentes perguntou: “Será que damos o testemunho de um Deus de amor e carinho?”. Para Marcelo Barros Dom Helder deu o testemunho de um Deus irmão que ama e cuida.


Frei Jociel Gomes falou sobre o processo de beatificação de Dom Helder cuja fase diocesana está em processo de finalização, devendo ser concluída até novembro desse ano. A partir daí terá início a fase romana, no Vaticano. Ele agradeceu aos integrantes do IDHeC por toda colaboração que estão dando ao processo.


A celebração foi finalizada com a bênção final dada por Dom Fernando.
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