Do Instituto Dom Helder Camara
Ao Arcebispo Metropolitano de Olinda e Recife
Dom Antônio Fernando Saburido
“Há momentos em que não se tem o direito de calar, sejam quais forem as consequências”. (Dom Helder)
Prezado Dom Fernando
Estamos vivendo no nosso querido Brasil um desses momentos a que se referia o nosso saudoso profeta da justiça e da paz Dom Helder Camara.
É com tristeza que constatamos que, de forma cada vez mais explícita, o atual governo faz a opção de privilegiar o rentismo e o capital financeiro à custa do sacrifício de conquistas sociais consagradas na nossa constituição.
As emendas à constituição negociadas às caladas da noite, sem discussão com a sociedade, retiraram recursos da educação, da saúde, da habitação, do saneamento, da ciência e tecnologia e de programas sociais cujo êxito era de reconhecimento mundial, para assegurar o pagamento de juros em patamares jamais vistos no mundo, a bancos e instituições financeiras.
Um governo que faz essa opção em detrimento da educação de suas crianças e adolescentes, de gerar postos de trabalho para seus jovens e assegurar dignidade de vida para seus idosos, não pode ser o condutor de um projeto de construção de uma nação justa, fraterna e com oportunidade para todos.
Nesta hora, conforta-nos e revigora-nos sua posição firme, clara e fiel ao evangelho de Jesus Cristo, “sejam quais forem as consequências”. Parabéns!
Receba do Instituto Dom Helder Camara a manifestação de apreço e orgulho por termos em Olinda e Recife um pastor da Igreja povo de Deus, a Igreja em saída, tão desejada e estimulada por nosso papa Francisco.
Que as bênçãos de Deus continuem a iluminar hoje e sempre a sua vida e o seu pastoreio.
Com um fraterno abraço de toda a diretoria do Instituto Dom Helder Camara, somos,
cordialmente
Antonio Carlos Maranhão de Aguiar
Diretor Executivo do IDHeC.
2 comentários sobre “CARTA A DOM FERNANDO SABURIDO”
Uma expressão de indignação descreve toda a injustiça que vem sofrendo nosso povo brasileiro, bom saber que os Cristãos de nossa igreja, não cala-se, não rende-se, diante dos governantes cuja religião é a contemplação pelo dinheiro, homens que jamais se renderam a Cristo, homens que jamais conheceram a palavra compaixão.
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