Foi com muita tristeza que recebemos a notícia da partida para a casa do Pai de Marina Martins de Araújo, integrante da família Mecejanense e diretora geral do Banco da Providência no Rio de Janeiro.
Marina partiu no último sábado, 27 de agosto, na mesma data em que, 17 anos atrás, partia o seu grande amigo, irmão na fé, Dom Helder Camara.
Comprometida com a defesa dos mais carentes e com a luta por seus direitos e uma melhor qualidade de vida, Marina fez parte da antiga Ação Católica, hoje Renovação Cristão do Brasil. Em 1959, atendendo ao convite de Dom Helder, integrou o grupo de voluntários que fundou o Banco da Providência, que dirigiu por quase 50 anos. À frente do Banco da Providência participava de das avaliações da programação, atualizando a missão institucional de acordo com os desafios impostos à instituição, símbolo da luta contra a exclusão social na cidade do Rio de Janeiro.
Liderando um trabalho voluntário com milhares de pessoas Marina coordenou a Feira da Providência desde a sua primeira edição, articulando ainda as ações de captação de patrocinadores para a Feira. A partir de 2004 passou a coordenar o Arraial da Providência.
Marina foi, durante toda a sua vida, uma fiel guardiã dos princípios de amor ao próximo e justiça social que Dom Helder pregava e colocou em prática.
A “FAMÍLIA MECEJANENSE” era formada pelos amigos de Dom Helder, no Rio de Janeiro, chamada de “FAMÍLIA DE SÃO JOAQUIM” até do dia em que ele foi nomeado Arcebispo de Olinda e Recife e com quem mantinha uma correspondência regular. Foi para a Família Mecejanense que Dom Helder escreveu as Cartas Conciliares e Pós-Conciliares, publicadas nas OBRAS COMPLETAS.
O cardeal Orani João Tempesta disse que: “Em oração, agradecemos a Deus o dom de sua vida, e tudo o que ela fez para que o Banco da Providência fosse um sinal da misericórdia de Deus junto com os menos favorecidos. Rezemos pelo seu descanso eterno, na certeza que suas obras o acompanham. Que a sua vida, assim como foi a de Dom Helder Câmara, seja uma inspiração para todos nós. Nossa oração e nosso abraço fraterno aos seus familiares e amigos”.
Simpósio Internacional sobre Dom Helder 2004 Maria Luiza Amarante; Edgar Amarante; Aglaia Peixoto;; Marina Araújo; Marina Bandeira e Lucinha Moreira. |
O velório teve início a partir das 8h da manhã desse domingo, 28, com uma missa na Cripta da Catedral Metropolitana de São Sebastião, presidida por Dom Orani João Tempesta, cardeal arcebispo da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de janeiro. O sepultamento foi no Cemitério de São João Batista, em Botafogo.
2004 – Igrejas das FronteirasAglaia Peixoto; Marina Araújo; Maria Luíza Amarante; Edgar Amarante; Marina Bandeira e Wilma Peixoto. |
Enquanto, por aqui, a saudade e a tristeza se fazem fortes no céu, se faz sentir a alegria do reencontro. Com certeza, o nosso Dom estava ali, na porta do céu, esperando para abraçar, com muita alegria, sua querida amiga.
Um comentário sobre “A FAMÍLIA MECEJANENSE E O BANCO DA PROVIDÊNCIA SE DESPENDEM DE SUA GUERREIRA”
Prezados, Faleceu na data de hoje, 15 de agosto de 2017, às 12h10m, Aglaia Bleggi Peixoto, 96 anos. Ela estava no quarto de seu apartamento em Curitiba, assistida por sua cuidadora Juracema, mais conhecida por \”Sema\”, \”Seminha\”. A despeito de haver perdido o pleno domínio do caminhar e em parte sua lucidez mental, Aglaia gozou de excelente saúde, a ponto de jamais precisar de óculos, esteve abalada nas duas últimas semanas, vindo a expirar hoje. Devido à dificuldade em locomover-se, Aglaia recebeu a comunhão pela última vez, em seu apartamento, das mãos de meu pai, José Sebastião Penido, no ano de 2016.Aflita por perceber arritmia em sua respiração, sua cuidadora Sema, evangélica, perguntou-lhe \”A senhora crê que o Senhor Jesus Cristo é a Salvação da sua alma?\”. Aglaia abriu os olhos, fitando sua cuidadora, então erguendo as sombrancelhas e expirando em seguida.Ela aparece nas duas últimas fotos desta página, onde também se vê sua irmã Wilma.Com o falecimento de seu pai Oscar Peixoto, sua mãe recomendou-a a Dom Helder Câmara, pedindo-lhe que a considerasse como filha. Aglaia desempenhou importantes atividades em apoio a Dom Helder Câmara, prestando também importante apoio no Concílio Vaticano II. Aglaia frequentava a Paróquia de Santa Terezinha do Menino Jesus, em Botafogo, Rio. Também no Rio de Janeiro auxiliava na Feira da Providência. Viveu os últimos 15 anos em Curitiba, longe de sua comunidade, mas sempre devota de Santa Terezinha do Menino Jesus.