O PADRE QUE FOI UM VERDADEIRO PASTOR

Há 85 anos um jovem realizava o seu sonho de criança e se ordenava padre, apesar da pouca idade e da necessidade  de uma autorização especial da Santa Sé em virtude de estar abaixo da idade mínima para ordenação.  Era o Padre Helder que iniciava a vida sacerdotal, começando a escrever uma história que hoje inspira a muitos, desperta a admiração de outros tantos e que se espalhou mundo afora, sendo um exemplo de como um verdadeiro pastor deve conduzir o seu rebanho.



Uma vocação que, pode-se dizer, despertou aos quatro anos de idade, quando, durante a missa, prestava uma atenção especial. Contavam os familiares que, durante a sua infância, não foram raros os momentos que ele surpreendia os familiares brincando de celebrar a missa.


Aos catorze anos ingressou no Seminário da Prainha em Fortaleza, onde faz os cursos preparatórios e os de filosofia e teologia, tendo sua preparação sacerdotal se dado de forma tranquila, muito embora já se destacando pela sagacidade em defender seus pontos de vista em embates presidido pelo padre Tobias Dequidt, então reitor, que muito o admirava pela segurança das suas argumentações, onde se ordenou oito anos depois, aos 21 anos, celebrando sua primeira missa no dia seguinte.

O início de sua vida sacerdotal foi marcado por seu empenho na organização do Movimento Juventude Operária Católica e, paralelamente, assumindo as funções de Assistente Eclesiástico da Liga dos Professores Católicos e as atividades de professor de religião dos Liceu do Ceará. Sua capacidade de ensinar era extraordinária, sabendo transmitir, com eficiência, os ensinamentos exigidos pelo programa.

O jovem sacerdote também se dedicou à área da educação, exercendo cargos públicos com competência e dedicação.


Mesmo exercendo a função de bispos auxiliar do Rio de janeiro e, posteriormente, arcebispo da Arquidiocese de Olinda e Recife, Dom Helder nunca deixou de ser o pastor que conduzia suas ovelhas com carinho, sempre se braços abertos para acolher os que o procuravam.

Voz dos sem voz, defensor incansável dos oprimidos, dos despossuídos, dos que estavam no lado mais fraco da sociedade, foi considerado o pai dos pobres e a vos incansável que denunciava os atentados contra os direitos humanos no Brasil da ditadura militar.

Exerceu seu sacerdócio com tanto amor, com tanto empenho, que difícil seria imaginá-lo exercendo outra coisa na vida se não o sacerdócio.


Ter Dom Helder como arcebispo foi um privilégio para todos que aqui viviam e ainda vivem e que tiveram a oportunidade de testemunhar o seu pastoreio.
Parabéns portanto à Fortaleza, ao Rio de Janeiro, a Olinda e ao Recife pois, em seu chão caminhou, com muita alegria, o BOM PASTOR.   

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