Quem se lembra do nome Pokémon?
Pokémon é o nome de um jogo, criado entre 1989 e 1990, feito, originalmente, pela Nitendo, para o Game Boy, aquele vídeo game portátil, que a criançada levava pra todo lugar e não parava de jogar.
O jogo envolve treinadores, simpáticos bichinhos que precisam ser capturados em uma “pokebola” (mas ficar na bola não é ruim para eles), batalhas, onde os perdedores não morrem, apenas desmaiam e evoluções de alguns dos tipos de pokemons, que podem se tornar mais fortes e poderosos.
Há 17 anos chegou ao Brasil o Anime do Pokémon – desenho japonês – tendo como protagonista o Pikachu. Exibido na TV, para crianças e adolescentes, logo virou uma febre. A série original é dividida em cinco temporadas e foram feitos também cerca de 18 filmes para o cinema.
Mas, como tudo que é moda acaba passando, o desenho perdeu muito da sua força e, atualmente, já não faz tanto sucesso quanto antes, estando mais na lembrança de seus antigos fãs, agora bem crescidos, do que na mídia. Entretanto no caminho inverso estão os jogos que, apesar de não fazerem o enorme sucesso do início do século, ainda têm um bom público. Mas todo esse sucesso relativo é passado, pois, agora, o Pokémon ressurgiu de maneira colossal e “viral” em um novo formato: o jogo para Smartphones POKÉMON GO.
O Pokémon GO é um jogo eletrônico, do tipo que se pode jogar gratuitamente, com a chamada “realidade aumentada”, ou seja, onde existe a integração de informações virtuais com visualizações do mundo real. Foi desenvolvido especialmente para os smartphones, tanto Iphone, quanto Android, através da colaboração entre a Niantic, Inc., a Nintendo e a The Pokémon Company.
O jogo foi lançado em julho de 2016 em alguns países do mundo e, no Brasil, chegou aos primeiros dias de agosto.
Fazendo uso do GPS e da câmera de aparelhos de smartphones compatíveis, o jogo permite aos jogadores capturar, batalhar e treinar os Pokémons, que aparecem nas telas de dispositivos como se fossem no mundo real. Um dispositivo opcional vestível, o Pokémon Go Plus, está previsto para lançamento futuro e irá alertar os usuários quando Pokémon estiverem nas proximidades.
Logo após o lançamento o jogo foi baixado por 75 milhões de pessoas em todo o mundo, gerando críticas do tipo que poderia causar acidentes ou que poderia se tornar uma perturbação da ordem pública em alguns locais. Mas é exatamente aí que entra a revolução do jogo: não é um jogo para se sentar e jogar horas a fio, sem se mexer. Para capturar os bichinhos ou itens que são essenciais ao jogo, os jogadores precisam sair de casa e, por exemplo, andar a pé por 2 km para chocar os ovos. O jogo também estimula a socialização, na medida que as pessoas estão formando grupos para “caçar pokémons”. Parques como a Jaqueira e Dona Lindu são ótimos locais para as capturas e estão cheios de jovens e até mesmo adultos, reunidos em grupos, fazendo suas capturas.
Outro aspecto interessante do jogo é que ele estimula os jogadores a conhecer a sua cidade. Bichinhos, ovos ou itens podem ser encontrados em qualquer ponto das cidades. O Parque das Esculturas, no Recife Antigo, nunca recebeu tantas visitas como na última semana.
E, até o momento, vocês devem estar se perguntando: o que o IDHeC tem a ver com esse jogo? Por que estamos falando dele aqui? Por um motivo muito simples e interessante: a Igreja das Fronteiras foi incluída no jogo e é o que eles chamam de pokestop, locais marcados em azul no mapa do jogo, geralmente locais históricos, onde podem ser encontrados itens essenciais para a continuidade do jogo como as pokebolas, por exemplo.
Quanto tempo irá durar essa febre, não sabemos. Mas, com certeza, enquanto durar, pontos históricos de nossa cidade, como a Igreja das Fronteiras, passarão a ser mais conhecidos e visitados, ainda que, para capturar as coisas do jogo, não seja necessário entrar na igreja. Mas, quem sabe, ainda que de passagem, a história dos locais não desperte a curiosidade dos jogadores e eles possam descobrir um novo lado de sua cidade, que antes passava despercebido?
Boa sorte aos jogadores que passarem por aqui em busca de seus itens. E, quando puderem, voltem e nos façam uma visita. Bem mais que pokémons ou pokebolas, temos belas histórias para contar. Venha conhecer o nosso memorial, presencialmente e capture para a sua memória a história da vida e da obra de Dom Helder Camara. Temos certeza que você irá adorar.