No dia em que se comemora o DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE nada melhor do que ler uma das crônicas lidas por Dom Helder Camara em seu programa UM OLHAR SOBRE A CIDADE, falando sobre sua preocupação com a preservação do Meio Ambiente, há 34 anos..
Terça-feira, 22.6.1982
Meus queridos amigos
Graças a Deus, está crescendo a onda contra as poluições que envenenam as águas, matam os peixes, deixam os pescadores sem pescaria ou atingem as pessoas que comem peixe envenenado… Ondas iguais se levantam contra tudo o que está ferindo a Mae Terra, como derrubada de florestas, adubos e inseticidas com produtos nocivos.
Acabo de receber um recorte de Jornal com três fábulas ecológicas assinadas com o nome ou pseudônimo de Fraga:
“O rei dos animais”, “O lobo e o cordeiro”, “A cigarra e a formiga”.
“O rei dos animais” é a história de um leao que sai perguntando aos insetos, aos invertebrados, aos répteis, as aves, aos mamíferos e a outras raridades, quem é o rei dos animais… Todos, com medo, nem vacilaram em dizer que é o leão. O leão ficou todo prosa e foi procurar os leões e as leoas para comunicar-lhes o câmbio alto em que é tido o leão. Mas cadê que ele encontrou leões? A fábula é contada para lembrar que a caça aos leões é tao grande e tão cruel que, em breve, os leões podem desaparecer.
A fábula do lobo e do cordeiro é muito conhecida: Um cordeiro estava bebendo água na parte baixa do rio. Na parte de cima, aparece o lobo, que acusa o cordeiro de estar turvando a água que o lobo ia beber… O cordeiro prova como é impossível: como ele, cá em baixo, pode turvar a água muito mais em cima? O lobo diz: “Se não foi você, foi alguém, irmão seu”. O cordeiro lembra que não tem irmãos. O lobo diz: “Mas foi alguém de sua raça” e sem mais discussão avança, mata e come o cordeiro.
Na fábula adaptada para hoje pelo serviço de ecologia, quando o lobo e o cordeiro estavam discutindo, descobrem que vem vindo água de um colorido lindo. Os dois não resistem a tentação: bebem a água colorida, que era água envenenada pelo caldo de uma fábrica, derramado no rio. Em lugar de o cordeiro sozinho ser morto, lobo e cordeiro morreram envenenados…
A fábula da Cigarra e da Formiga também é muito conhecida. No verão a formiga trabalhou a valer, juntando comida para o tempo do inverno. Enquanto isso a cigarra cantava e sem pensar em guardar alguma comida para o tempo da chuva, cantava sem parar… Quando chegou o inverno e a cigarra foi pedir socorro a formiga, a formiga respondeu: “Você cantou todo o tempo do verão, agora dance…”
Na fábula adaptada para defender a Mãe Natureza, quando chegaram as chuvas o terreno onde a formiga fez seu depósito de alimento tinha sido devastado. As águas invadiram e lá se foi a reserva de alimentos da pobre formiga…
É mais do que tempo de defender a natureza das depredações criminosas que ela está recebendo. Quando Deus encarregou o homem de dominar a natureza, de modo algum Deus encarregou o homem de arrasar, destruir… Vamos espalhar a ideia de Mãe Terra? É uma expressão feliz que o Santo Padre Joao Paulo II, o nosso querido João de Deus, gosta muito de usar.
*** Esta crônica e muitas outras do programa UMA OLHAR SOBRE A CIDADE podem ser encontradas no livro MEUS QUERIDOS AMIGOS à venda no IDHeC:
http://institutodomhelder.blogspot.com.br/search/label/vendas
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