A preocupação inicial era suprir as necessidades básicas e instantâneas: alimentos e roupas. Mas Dom Helder ia mais além: caminhar além do assistencialismo. Na Operação Esperança, havia o senso da organização do povo e a perspectiva de torná-lo senhor do próprio destino. Quantos Conselhos de Moradores e grupos de Encontro de Irmãos nasceram durante as enchentes!
No governo de Nilo Coelho a OE foi elevada à categoria de Pessoa Jurídica de Direito Privado, com sede no Recife, reconhecida pelo Decreto Lei Nº 206 de 25/02/1970. Em 1979 a OE passou por mudanças e novos estatutos foram lavrados em cartório de títulos e documentos.
A Operação Esperança é uma sociedade de direito privado sem fins lucrativos, com fórum e sede na cidade do Recife, por tempo indeterminado, em caráter jurídico.
Comprado em 1971, fica no Cabo de Santo Agostinho, a 45Km da cidade do Recife. Foi adquirido com a ajuda de recursos da MISEREOR, uma instituição fundada pela Igreja Católica da Alemanha que apoia projetos de desenvolvimento realizados por entidades eclesiais, organizações não-governamentais, cooperativas e organizações de base na América Latina, África e Ásia.
O engenho tem 457ha, com 90ha improdutivo, 351ha de área produtiva e
Comprado em 1972, com recursos da ADVENIAT, instituição fundada em 1961, pela Conferência Episcopal Alemã, com o objetivo de prestar auxílio pastoral e social a Igrejas locais na América Latina e no Caribe.
Fica na cidade de Bonito- PE e foi Comprado em 1974, com o dinheiro do Premio Popular da Paz que Dom Helder recebeu em Oslo, na Noruega.
A primeira proposta foi transferir os moradores para um terreno da AOR, com 22,8 ha e depois, lotear e doar como foi feito nos engenhos.
Foi feito um convênio com a AOR para legalização da doação e o desenvolvimento de um programa social e comunitário, com a OE e a AOR e suas normas pastorais e com a Prefeitura de Paulista, que construiu o posto de saúde.
A COHAB arborizou e fez o projeto da escola e da creche. A FAFIRE contribui com o trabalho de organização comunitária, a Academia Santa Gertrudes criou a escola de ensino fundamental e alguns lotes foram destinados para construção de Igrejas, bares, centro espírita e um terreiro de Umbanda.
Foi construído a Associação dos Moradores, o Centro Comunitário João Paulo II, com formação de grupos de mulheres e cursos e treinamentos.
A Operação foi e continua sendo um meio de tornar realidade a Esperança que Dom Helder sempre teve de transformar a vida daqueles que mais precisam.